quinta-feira, 11 de setembro de 2008

"Cidade limpa, trabalho sujo"

 
Há uma classe trabalhadora que é deixada à margem da sociedade que está sempre nas ruas realizando sob os olhos da população um trabalho que ela não reconhece, no entanto que é de suma importância para um bom desenvolvimento político, econômico e social de uma cidade.
Ao analisar o oficil profissional, é possível se fazer uma analogia com os antigos povos nômades, que viviam vagando sem lugar fixo em busca de alimentos e melhores condições de vida. Também não possuem lugar fixo e estão por toda a parte, se diferenciando dos povos nômades por não estarem em busca de alimentos, mas em busca de promover a higiene das cidades e permitir o bem estar comunitário.

Há cada passo que se dar, nota se as suas marcas, porém excluídos em uma sociedade preconceituosa que cria um estereotipo em sua relação, fazendo com que haja uma distância entre a população e eles. Contudo há estigmas deles por toda parte, pois a sociedade não dar o devido valor ao trabalho realizado por estes. Acabam por lhe atribuindo substantivos que difamam e denigrem a imagem desses trabalhadores, fazendo-os desacreditar na honra de seu trabalho.

Ao observar, seu lugar de trabalho, sendo que muito difícil por haver fiscais de setor em setor, devido a um moninotoramento estabelecido pela empresa. Os trabalhadores vivem em constante desonra, pois há sempre alguém para atribuir infâmias à sua vida pessoal e profissional. Esse constrangimento é considerado uma fonte de força para eles, pois assim como os povos nômades aos quais fizemos uma relação anteriormente, eles veen nesse trabalho uma saída para abastecerem seus lares, pois é dessa forma que famílias em meio a esse País faminto, encontra sua única solução de vida.

Há muitas máscaras sociais que nos últimos anos vêem caindo por terra, pois a cada esquina um
escândalo. Máscaras para tapar o riso que fica escondido, provocado pelo constrangimento causado a estes pela sociedade, ocasionando vidas que foram jogadas ao lixo. Máscaras em que a população se esconde para fazer de conta que em sua volta não acontece nada, uma forma de evitar um choque com a realidade.

O primeiro questionamento para a observação destes, tem como espelho os estudos feitos pelo psicólogo Fernando Costa Braga no livro homens invisíveis: relatos de uma humilhação social, realizada na faculdade de São Paulo, que tem como foco mostrar a invisibilidade estabelecida pela sociedade ao gari, que fica a margem da mesma por status econômico.

O livro de Costa Braga, relata constrangimentos vividos por garis dentro da Faculdade de São Paulo em 1994, quando ainda estudante em graduação , mostra que o ser humano pode e consegue ser invisível perante nossa sociedade preconceituosa. E o livro Visibilidade Social: forma de preconceito de Viviam Garcia da Costa e Mateus Lucca Constantino, que tiveram também como base fundamental as experiências de Fernando Braga, que porém buscaram o foco: o porquê e como?, e constataram que há essa classe oprimida pelo fato total da ignorância de sua existência, que leva do abandono físico e psicológico dos trabalhadores desse setor. Sendo assim, os dois focos dos autores constata o desleixo pessoal e o abandono social no qual a sociedade fixa o esconderijo do ser "gari".

Nas ruas de Imperatriz, podemos ver todos os resultados dos estudos dos autores citados e mesmo assim, surprendo me com a nitidez que a sociedade esbanja esse fator decepcionante e desumano. "Cidade limpa, trabalho sujo", é o resultado e a vontade de demonstrar a sujeira que há em nossas casas e que são limpas pelas pessoas que vivem a mercê de qualquer respeito, e também ao espaço por ser aberto, para mostrar que isso não justifica jorgamos nossos lixos para debaixo do tapete. Cidade limpa, no entanto, trabalho de uma sociedade suja conscientemente. Trabalhadores que merecem respeito e honra. O garí.

6 comentários:

Dimes disse...

Muito bom o texto tensa! Quando eu crescer quero ser como tu! RSSS

Te amooo!

Unknown disse...

Hummm parabens vc lembrou daqueles quem sempre sao esquecidos!
xero...helena muié...rsrsrsum dinheiro desse num vale a pena nao rsrsrsrs..

Unknown disse...

Huumm parabens,vc lembrou daqueles que sempre sao esquecidos!
xero...helena muié..rsrrss um dinheiro desse nao compensa nao....ele bate muito bate???...rsrrss

Júlia Gracielle Rezende disse...

Ooo Aramense véia arretada....hehe
Minha Fátima Bernardes, minha Ilze Scamparini, minha Arnalda Jabor..uhausha
Tá show, beijo...
sugestão para o próximo tópico: ah não tu disse que num pode, que chatoo..huashuash

amo-te

Júlia Gracielle Rezende disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro Arthur disse...

Parabens Angela ficou 10! Já pode ficar famosa porque vc tem conteudo, rsrs!
bjos