Foi buscando acertar que às vezes eu errei
Mas quem pode acusar sem tentar compreender
Quando saio sem regar violetas que plantei
A sede que causei me afogará
Sem pressa, sei que posso alcançar
Digam o que quiserem só uma coisa importa
Verdadeiro é meu amor
O sentimento foi real
Quando eu te entreguei
Tudo aquilo que há em mim
Pode até não parecer
Se o mal que há em mim
Faz doer o teu coração
Minha triste imperfeição
Será que conseguirei a bondade que sonhei
Estou sempre a tentar remover as pedras
Se desvio o olhar da mão em minha direção
Fecho os olhos para mim e para você
Não canso, não desisto de lutar
Ainda se tropeço só uma coisa importa
Verdadeiro é meu amor
O sentimento foi real
Quando eu te entreguei
Tudo aquilo que há em mim
Pode até não parecer
Se o mal que há em mim
Faz doer o teu coração
Minha triste imperfeição
Hugo Borin 21 anos - Caracteristica que o define: Lindo
Sentado em uma de suas cadeiras, com a pele fresca de quem acabou de tomar banho estava ele, jovem de 21 anos que a quase 3 anos ficou tetraplegico em um acidente de carro. Feliz da vida, afinal de contas estava ali recebendo visitas de duas "amigas" entre aspas porque Karine já o conhecia, eu não, só por nome e de ouvir contarem a história dele e viver curiosa para conhecer o tão famoso Hugo Borin.
Cheiroso, estava lá só esperando a nossa chegada, fiquei muito feliz em conhece-lo. Hugo é o que costumo chamar de perfeição de Deus. Ele é guerreiro, inteligente, bem-humorado, determinado e lindo (Não teria dificuldade nenhuma pra me apaixonar por ele,kkk).O fato de estar naquela cadeira não o faz decepcionado com a vida ou para com Deus, mas o faz forte e com vontade de lutar sempre para poder vencer as limitações e ser feliz sempre.
Testemunhar histórias como essa não é nenhum fato que me faça vangloriar, porém fico feliz em ter tido a honra de saber que a vida passa muito além do "mundinho" fechado em que cada um de nós esta enclausorado e de certa forma faz com que eu amadureça, cresça, possa fazer dos dias das pessoas que estão a minha volta, pessoas diferentes com ânimo e desejo de ser diferente nesse mundo em que estamos cada vez mais individualistas.
E a tarde estava indo, o tempo de ficar com ele já estava acabando, a vontade era de morar lá. Conversas que com certeza não serão apenas palavras da boca pra fora, mas lição de vida. Como todo ser humano costumo reclamar de tudo, recebo tantas graças e não agradeço, essas experiências fazem de mim uma trouxa de besta, quero mudar o mundo, queria poder fazer alguma coisa pelo Hugo e por tantos outros, mas não está em minhas mãos, o que posso fazer é rezar e louvar a Deus porque no meio de tantas dificuldade ele não desistiu da vida.
Obrigada Senhor por me dá a graça de conhecer esse Dom que é a Vida, o quanto "é bom viver", ver, sentir, amar. Hugo vai para a California passar 6 meses em tratamento intensivo, contudo afirmo uma coisa: ficaremos aqui torcendo e fazendo tratamento "psicologico intensivo", morrendo de saudade, torcendo para que o tempo passe voando e que você alcanse a melhora que espera.
Afff, Deus faz cada coisa, me deu você e já vou ficar 6 meses sem te ver. Muita Saúde, Paz, Harmônia, Força e que nesse proximo ano você alcance todos os sonhos e desejos de sua vida. Deus seja seu Guia.
Como olhar a vida durante a correria do dia a dia?
Assisti um filme hoje que me fez pensar sobre como vemos nossa vida. É o retrato do que muitas pessoas gostariam de ter. Ter a oportunidade de PUNIR os assassinos que estão livres. O roteiro do filme me prendeu a cada segundo que se passava, desde a mãe que vai embora cansada de ver o marido procurar desesperado o assassino da filha, até o amor do pai por aquela filha. "Uma coisa que ele nunca vai saber é até onde vai o amor de um pai" (uma das falas da personagem principal). Muito forte isso.É a demonstração do que acontece em muitas famílias quando se perde um enti querido, ainda mais um filho. É um peso muito grande.
Não tenho filhos, mas só em pensar na situação da perda, já me causa angustia.
Quantos de nós não desejaria fazer justiça com as proprias mãos?
É bem verdade que nosso instinto humano de querer respostas o mais rapido possivelo nos trás consequencias as quais não poderiamos imaginar. Mas a verdade é que embora a justiça do homem seja lenta, a de Deus não falha, não estou falando que Deus quer que todos os assassinos vá para o inferno, mas sinceramente creio na justiça divina, qual seja ela, ai já são outros quinhentos.
Enfim, bela lição de vida para que repensemos o que está por trás da nossa urgência de tudo. Tenhamos urgência para amar, isso simé uma boa premissa para a vida.
Vale a pena abdicar de momentos com os que estão perto para viver lamentado a falta de outros?
Em junho de 2009, todos nós perdemos um grande: irmão, filho, amigo. Morando em Imperatriz não acompanhei o sofrimento da família, mas toda vez que eu ia em Arame visitar meus pais, eu presenciava ou ouvia falar que a mãe do Laecio estava mau, triste, desolada, sem querer comer, viver, etc...
Então comecei a pensar: Como será que os outros filhos veem isso, além de ser muito dificil perder o irmão ainda ter que conviver com a ausência da mãe. "Não é facil", sempre ouvia os parentes e amigos mais proximos da família reproduzirem isso (opinião dos irmãos do Laecio). Mas ao mesmo tempo comprende-se pelo simples fato, ser mãe não é pra qualquer um e aguentar a dor da perda de um filho, também não.
Me deparei pensando nas amizades construidas pela internet." Xiii tantas conversas!" . Há quem diga que ficar horas presa na frente de uma tela de um computador é disperdicio "concordo", mas não é isso que acontecem quando os laços de amizade se constroem e por conseguinte de alimentam pela presença fisiva.
Foi isso que aconteceu com amizades que alimento até hoje: Roberta, Sandra, Baby, Tamara, Vavá, Lucivania, Tio Carlos, Bia ( Tudo São Paulo-SP), Agostinho e Hebert ( Manaus-AM), Daniel (São Luis-MA) e tantas outras. Todos fazem parte do mesmo ciclo, o de amor fraternal e que estão prontos pra o que der e vier.
É isso, tudo que se doa por amor, mesmo que através de uma maquina seja ela qual for: telefone ou computador, o importante é o sentimento e o valor que você dar as pessoas que estão por detras delas. Se engana quem pensa que são só flores as amizades pela internet, no msn, twitter, facebook, orkut, inumeras brigas já aconteceram entre eu e cada louco que converso na net.
Mas sou grata aos ensinamentos, discursões e carinho com que vocês tem me tratado.Amigos, irmãos pra sempre.
Hoje mais cedo recebi a ligação de um amigo de infãncia. Suas palavras revoltadas me fazem pensar em algumas mudanças perceptiveis na minha vida durante esse ano.
Por exemplo:
Por algumas coisas que me aconteceram, me afastei de muitas pessoas que amo. Lorim é uma delas. Um amigo sempre presente, mesmo na distãncia sabe doar alguns minutos e fazer uma ligação para mim. Lembro-me de quando estudavamos juntos lá em Arame, na escola estadual Felipe de Barros Lima, ele me ouvia durante horas falar de uma paixão platônica (risos), ria comigo. Até hoje ele me relembra esse fato.
Saiamos da aula mais cedo só pra ficar conversando na porta da minha casa e não matavamos aula , convenciamos todos da sala a ir embora. Aguentava os meus terminos de namoro, até os namorados o procurava pra que ele pudesse conversar comigo e fazer eu voltar kkkk, até parece que ele me dizia alguma coisa, só se fosse aconselhar a não voltar.
Não vou mentir e dizer que se eu pudesse voltar atrás faria diferente, pois acho que faria a mesma coisa. Vi que precisava desse tempo pra mim."Egoismo" SIM, eu sei. Não quero aqui me desculpar pelos meus erros, ausências ou dizer que mudarei de hoje em diante com aqueles que falhei. Não, a mudança já aconteceu dentro de mim, aquela pessoa sempre presente em todos os problemas de família, a que sempre tem um conselho a dar e tem resposta pra tudo, ela não existe mais.
Por incrível que pareça ela mudou, não só porque ficou mais velha, faz universidade, mora em outra cidade, mas porque as experiencias da vida fazem com que mudemos, se pra melhor, não sei, mas crescemos e assumimos responsábilidades intransferiveis. Não quero aqui me justificar ou dizer que fiz a coisa certa, afinal sou humana, cabivel ao erro. Mas quero que meus amigos me entendam, pois mudar é preciso, tenho certeza que nenhum é o mesmo e procuro compreender todo o processo de crescimento de vocês.
Sei que vou mudar ainda mais e quero que me compreendão, preciso mudar, crescer.
Já fazem 3 anos e meio de curso, agora só me resta as lembranças desse periodo de transição na minha vida. Ficará para sempre os conhecimentos aqui absorvidos, amigos (bons amigos) as experiencias trocadas, os sorrisos e as tantas brigas travadas entre professores e alunos. Os meus agradecimentos para com aqueles que fizeram da sua vida uma verdadeira vocação.
Agradeço pelo carinho e disponibilidade com que o professor Alexandre Maciel vem trabalhando no curso e com as colaborações que tem feito no nosso processo de aprendizado, tenho certeza que com pessoas como você, alias todo o grupo que já existe de docentes (exceto alguns, hehehe) e que com certeza virão, seremos bons profissionais e seres humanos mais humanos ainda.
1ª Edição do Jornal Arrocha
Ao Jornal Laboratório ARROCHA que é um presente pra nós acadêmicos, pois foi ele que ensinou para muitos o olhar jornalístico, olhar as coisas diferentes, quem imaginaria fazer uma matéria regional sobre masturbação, coisa louca essa! A disciplina de Jornalismo Impresso já deixa saudades.
A Coordenadora Roseane Arcanjo que tem se empenhado para conseguir junto a essa instituição a Universidade Federal do Maranhão resultados para o processo de construção profissional de cada um de nós. Aos Mestres e Doutores que se empenham em dar o melhor de si. A minha tão querida e amiga professora Emilente Leite que por muitas vezes deu um "puxão de orelha" para eu poder acordar pra vida.
Eu e Emilene Leite - professora e amiga
Ahh, não posso deixar de citar o mais chato e extravagante de todos os professores (mas o mais amado também) Gilbert Angerami como esse cara é chato, mas nos ensina muito. Ele não nos dá "puxões de orelha", ele dá "empurrões na vida". Aprendi com ele que tem que lutar para poder conquistar o que se quer e que muitas vezes não é assim tão fácil assim, mas a luta é necessária.
Eu e Gilbert Angerami- Professor, chato e amigo
Contudo, já sinto saudades de tudo, afinal foram minhas ultimas disciplinas, poxa passa tão rápido. Que agora não seja somente um final de curso, mas que eu possa ser uma boa profissional e transmitir aquilo que tão bem foi me passado, o Dom de ouvir e escrever.
Dia nublado, vontade de ficar na cama mais um pouco, mas hoje por obrigação da vida acadêmica, acordei cedinho e dessa vez não fui ao trabalho - INESPO fui ao Complexo de Saúde do Parque Anhanguera cobrir minha pauta sobre DST/AIDS para o Jornal ARROCHA. Saí de casa as 7:30 da manhã, peguei o moto taxi, como sempre, pois a parafernália não era pouca: câmera, bolsa, pasta com material para a aula de Telejornalismo (Não sabia se ia ter tempo de passar em casa para pegar, antes de ir para a aula a tarde), caderno e segui meu caminho rumo a mais uma cobertura jornalística, pensando eu que seria mais uma rotina, enfim não quero sobrepor fatos sobre fatos aqui.
O Complexo é a uns 10 minutos da minha casa, indo no "super" moto taxi. Cheguei lá e fui logo apresentada ao Grupo de Adesão de portadores HIV/AIDS, recebida por um exemplo de vida, o Sr. E. que convive a 20 anos com AIDS e hoje é Agente Facilitador do grupo, ele é responsável por acompanhar e dá exemplo de que é possível viver com AIDS e viver BEM. Ouvi depoimentos de grande parte dos que apareceram pelo grupo hoje, impressionante a alegria e força com que reagem ao pré - conceito dos amigos, familiares, colegas de trabalho e companheiros. Como mesmo falou o E. o mais difícil é se enxergar no outro, muitos não freqüentam o grupo por medo de lidar com a doença de frente, o que de início é difícil.
Diante de tudo isso, fiquei me questionando sobre o quanto o ser humano é podre. Quantas doenças que matam mais do que a AIDS, um câncer, por exemplo. E tem gente que só olha pra o próprio umbigo, cheios de pré conceitos, as vezes convivemos com um soro positivo e não sabem, sabem porque? Porque o medo da rejeição é grande por parte de quem é positivo, medo de perder, perder aquilo que nem mesmo se tem. De tantos que ouvi, não posso negar que me impressionei com o auto – pré conceito, eu com minha imaginação fértil, fiquei pensando como reagiria se fosse postadora, realmente não é fácil. Mas de tudo isso conclui e me alegrei e mais uma vez me encontrar com Jesus naqueles que ali estavam o chagado, oprimido.
Consegui ver em cada rosto daquele, Jesus, sem que eu percebesse Deus me guiou para o encontro de sua própria face, estava precisando ver e senti-lo novamente. Além de constatar que não me inclui no grupo que só tem tempo e espaço no próprio espelho. Obrigada Grupo de Adesão a Portadores de HIV/AIDS de Imperatriz - MA pela acolhida, encontrei em vocês o que minha família fraternal chama de DEUS. Professor Alexandre e a minha profissão-Jornalismo obrigada por me proporcionar experiências como essa, ser testemunha da realidade do bem, de ouvir essas pessoas dizendo “EU POSSO VIVER COM AIDS E SER FELIZ MAS COM PRÉ CONCEITO NÃO!”
Obrigada por tudo, sei que em silêncio tu oravas por mim.
Nunca esquerei de tudo que me mostraste durante sua estadia aqui em Imperatriz -MA, a distância nos afastou mas somos uma unica familia.
TE AMO MUITO-Madrina Ir. Milagres da Pequena Via
Video que ela ofereceu para mim, belas palavras.
Ana Pulgatti, Eu, Karine Duarte(Kabeção) e Maria na cidade de Raposa-MA
Semana boa, muito reggae, descanso, praia, mar, conhecimento, longas conversas, risadas boas, conhecer pessoas legais de todosos lugares do país e reencontrar antigos amigos. A viagem para São Luis foi realmente reveladora para todas nós, companheiras de viagem: Karine Carlos, Ana Pulgat, Maria Almeida e uma galera selecionadissima da UFMA.
A frase de ordem na viagem foi: Quer conhecer uma pessoa viaje com ela, kkkk. Muito bom poder conhecer lugares maravilhosos espalhados pela cidade: REVIVER tempos que não voltam mais passeando pelo centro historico, caminhar pela rua Grande (centro comercial), ver as maravilhas de Deus em cada pô -do-sol na Litorânea, comer no shopping ou no Restaurante "ANTIGAMENTE".
Saborear as comidas tipicas e rir das embalagens das bebidas de São Luis como: Tiquira, Piqui com Mel "Tem mais sabor de mel do que piqui" (Ana Pulgat), ver o quanto o Guaraná Jesus faz parte do Turismo Comercial daquela cidade, se assim puder nomear. Lembro-me nesse momento da Aninha negociando com o vendedor no mercado municipal (realmente quem não chora, não mama!).
Do Congresso especificamente falando restam boas partilhas de conhecimento teorico, a palestra com Muniz Sodré foi um show a parte, INTER, TRANS, PLURE - DISCIPLINARIDADE ? Será se alguém conseguiu definir cada um desses termos na pesquisa em Jornalismo? É bem provável que sim, mas quero resaltar que de muitos trabalhos apresentados do SBPJor, poucos chamaram minha atenção.
Contudo, conheci pessoas interessantes que contribuiram para que eu não dormisse cedo. Ficamos hospedados num Albergue chamado "Solar das Pedras". Dentre as pessoas que fiquei balendo papo até altas horas da noite estão: Carlos, Naira e Alan conversas engraçadissimas e muito interessante.
No mais, o que encheu nossos olhos de alegria e salvou definitivamente nosso passeio para a Ilha do Amor foi conhecer o municipio de RAPOSA á uns 30 km de São Luis. Lugar batizado pelos pescadores como "Fronhas Maranhenses" por causa dos 17 km de estensão de dunas. Com direito a um banho no meio dos mangues e escalada pelas dunas, podemos esperimentar o quanto Deus é perfeito, ver a grandeza do mar e da natureza.
Que a força do medo que eu tenho, não me impeça de ver o que anseio. Que a morte de tudo o que acredito não me tape os ouvidos e a boca. Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio... Que a música que eu ouço ao longe, seja linda, ainda que triste... Que o homem que eu amo seja para sempre amado mesmo que distante. Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é SAUDADE. Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor, apenas respeitadas, como a única coisa que resta a uma mulher inundada DE SENTIMENTOS. Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo. Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço. E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada. Porque metade de mim é o que eu penso, mas a outra metade é um VULCÃO. Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável. Que o espelho reflita em meu rosto, um doce sorriso, que me lembro ter dado na infância. Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei. Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito. E que o teu silêncio me fale cada vez mais. Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço. Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba. E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer. Porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção. E que a minha loucura seja perdoada. Porque metade de mim é amor, e a outra metade... também. (Ferreira Gullar)
“Através de meus graves erros — que um dia eu talvez os possa mencionar sem me vangloriar deles — é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta queda é que começo a fazer minha vida. Com pedras ruins levanto o horror, e com horror eu amo. Não sei o que fazer de mim, já nascida, senão isto: Tu, Deus, que eu amo como quem cai no nada.”
Um facho de luz
Que a tudo seduz
Por aqui
Estrela cadente
Reluzentemente
Sem fim
E um cheiro de amor
Empestrado no ar
A me entorpecer
Quisera viesse do mar
E não de você
Um raio que inunda
De brilho
Uma noite perdida
Um estado de coisas
Tão puras
Que movem uma vida
E um verde profundo
No olhar
A me endoidecer
Quisera estivesse
No mar
E não em você
Porque seu coração
É uma ilha
A centenas
De milhas daqui
Congresso de Leigos Associados da Fraternidade O Caminho (Manaus-AM, nov de 2009.
Os dias estão me traindo. Não vejo outra justificativa que não seja essa. O tempo passa rápido demais. Um dia desses era outubro do ano de 2009, viagem para Manaus-Congresso de Leigos Associados da Fraternidade, conhecer pessoalmente, tantos amigos, irmãos e companheiros de caminhada que até então, só tinha mantido contato pela internet: Roberta, Sandra, Baby, o encrenqueiro do Agostinho e tantos outros, como foi bom viver aqueles dias com vocês.
Assim iniciou um ciclo de novos e sinceros laços de fraternidade, agora não mais de e-mails trocados, recados de orkut, longas conversas via msn, o mundo do cyber espaço, mas de amor real, estavamos lado a lado. Viver, aprender, partilhar, conhecer mesmo que por pouco tempo. Tempo de conhecer apenas as coisas boas, mas como dizem "A primeira impressão é que fica" e realmente é ela que guardo comigo.
Tempo, o que dá para fazer com ele correndo desse jeito? As coisas estão cada vez acontecendo mais rápidas. O bom é que as histórias vão se construindo, testemunhos compartilhados e experiências divididas para que os erros e acertos possa ser vividos com todos.
Sinto um vazio de estar tão longe de tudo, queria poder ir além do que estou hoje, nesse exato momento. Um dia. Espero que em um breve dia, eu vá além do que eu tentei ir nesse periodo da minha vida, pois cansada estou. Cheia de saudades, desejos e emoções trancafiadas aqui em meu peito, quero em breve poder estar com vocês novamente e contar o quanto de saudades senti.
Como é difícil levantar, se é que houve a queda! É estranho pensar que já fiz parte de tudo aquilo e não faço mais. Sensações, sentimentos confusos, desejos escondidos e põe desejos nisso! Enfim, que eu possa mais uma vez discernir o que é melhor para mim. Contudo sei que a unica verdade que existe é a realidade de vida. Minhas escolhas são elas que tento seguir e peço a Deus que guie meus míseros passos errantes e que ao errar possa lutar para acertar.
Dias e Noites que se preenchem com o vazio da solidão, refúgio: Deus sempre. Porém, tenho excedido e desviado os olhares dele, não me faz bem, me senti feliz em pequenos colapsos de risos. Conhecer pessoas diferentes me faz tão bem, isso chega a ser impressionante para mim, parece que satisfaz a ausência dos amigos distantes(distantes em km e aqueles que estão "sempre ocupados").
Como me sinto conturbada com tanto a fazer, planos e planos que tenho que realizar, por em pratica as coisas que estão em meus pensamentos.Sonhos? Talvez, sinto que não chegam a ser sonhos, mas projetos para o futuro, um futuro breve. Que Deus me conceda a graça de ser feliz e que também sejam projetos dele para minha humilde vida.
Acredito em final feliz. Bom ou ruim? Não sei, mas que sei que o caminho é cheio de lutas, marcas, feridas,perdas, algumas derrotas e no fim uma vitória me aguarda. Eu creio e que assim seja.
Deus obrigada pelos dias errantes! E que eu possa ter a atitude de levantar e dizer: ESTOU DE PÉ.
Viver o deserto que se instalou na minha vida quando a missão da Fraternidade Missionária O Caminho fechou em Imperatriz, obra que faço parte á três anos, foi importante para eu ver o quanto sou forte e fiel aos desígnios de Deus. Difícil ver tudo se esvaindo, pensei em desistir? SIM, mas o amor e abraço acolhedor de um Deus que sabe de todas as coisas me mantiveram de pé, mesmo com os tantos tropeços, quedas que deixaram machucados pelo corpo e pela alma.
Contudo, já é chegada a hora de deixar tudo isso para trás e ir rumo aos projetos e promessas que o Senhor tem para mim. Encontrar com a Obra em Belém esses dias de tantos milagres e graça que são os dias de festa em honra a Nossa Senhora de Nazaré foi um alimento para minha alma.
Surpresa maior foi encontrar com padre Gilson Sobreiro fundador desta obra, pai, irmão e acima de tudo amigo que posso contar sempre. Suas palavras libertam-me de pensamentos que mantive durante esses meses distante de todos. Orgulho e prazer em ver o quanto sou amada por todos e fazer parte dessa família.
O Círio de Nossa Senhora de Nazaré foi cheio de grandes revelações para mim. Alegrias, tristezas, lagrimas e risos marcaram essa viagem a terra dos milagres. Que Nossa mãe santíssima me ponha junto do pai, que eu volte a provar do manjar que ele prometeu para seu povo. Vivo de sonhos e promessas, por isso consigo ser feliz dos pequenos instantes.
Como é bom sentir o teu amor tocar em mim, Senhor!!! Sentir que sempre posso um pouco mais e assim vou me superando. Sabendo que só, não me basto, preciso de ti. Obrigada pelos instantes com a Fraternidade, pelo amor que tenho pelos pobres, pois são eles que me levam ao teu encontro.
Estou aqui pensando com meus botões e cheguei à conclusão de que vivo cercada de gente doida, LITERALMENTE. Primeiro minhas amigas da Universidade. "A Cabeção", por exemplo, é daquelas pessoas que não exploram sua capacidade intelectual, me irrita isso (ela sabe disso). Ela esta sempre ali, às vezes não sei como caracterizá-la, se é que eu possa fazer isso.
Sempre alegre, feliz, bem vestida, simpática com todas as pessoas e observando tudo, brincamos com ela, dizendo que das três ela é a mais legal com as pessoas, se não, a mais bem vista.
Ela é lerda não burra, devagar não morta, gosta de uma balada que só ela. O jeito dela ás vezes me incomoda, será por quê? Acho que sou muito elétrica e não entendo como as pessoas podem ser assim, tenho muito que aprender mesmo! No entanto, me cativou por ser assim, se me permitem o principal carrega dentro do peito, tem um coração enorme, cheio de carinho e amor pra dar.
Contudo somos três doidas que se encontraram e não se largam mais. Tudo que falei não é nada diante da outra fêmea do trio. Essa e bem parecida comigo, embora bastante diferente (trocadilho).
Já começo a descrevê-la como uma das pessoas mais desesperadas que já conheci na minha curta experiência de vida, e olha que tem quem diga que mais desesperada do que eu, não existe, ela vem para me deixar em segundo lugar (risos).
Adora comprar, toma remédio para evitar dor de cabeça, ama dormir, falar de moda, solta cada uma na sala de aula que só Deus na causa, tem uma maquiagem de fazer inveja a qualquer mulher.
É do tipo de amiga que faz tudo para ajudar você, mas “não cutuque ela com vara curta” porque vira uma fera, afinal quem não vira? Ela não perdoa ninguém que se veste mal, nem seu melhor amigo. Pessoa abençoada demais ilumina a todos por onde passa.
Esse texto é o primeiro de algumas postagens que farei sobre pessoas que estão a minha volta e /ou coisas que estão ligadas a mim. Não citei nomes por motivos éticos kkkkkk, pois não quero comprometê-las.
Tenho que assumir que somos muito diferentes, mas que nos entendemos bem e isso é o que importa, afinal de contas: quem vai me dar dicas de moda grátis? Quem vai dizer “Ângela não chora na frente desse povo!” lembra Cabeção? No primeiro período, eu querendo esganar gente na sala de aula. Enfim, momentos e momentos partilhados com vocês.
Agradeço muito pela ajuda de sempre e a compreensão.
Não é preciso apagar a luz
Eu fecho os olhos e tudo vem
Num caleidoscópio sem lógica
Eu quase posso ouvir a tua voz
Eu sinto a tua mão a me guiar
Pela noite a caminho de casa
Quem vai pagar as contas deste amor pagão
Te dar a mão, me trazer à tona prá respirar
Quem vai chamar meu nome
Ou te escutar
Me pedindo prá apagar a luz
Amanheceu, é hora de dormir
Nesse nosso relógio sem órbita
Se tudo tem que terminar assim
Que pelo menos seja até o fim
Prá gente não ter nunca mais que terminar
"Sou uma filha da natureza:
quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo,
de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser.
E deixo que você seja. Isso lhe assusta?
Creio que sim. Mas vale a pena.
Mesmo que doa. Dói só no começo."
Um amor assim se estabelece na cumplicidade e não no tempo, na total entrega a uma ternura sutil e não no preconceito de juízes inconvenientes.
Um amor assim se conforma na espera que gera a paciência, porém, supera os limites a que foi e é submetido diante dos olhares ultrajantes.
Sei que o desafio maior é participar integralmente do manjar que o próprio Senhor nos prepara, pelos méritos de verdadeiros filhos que souberam derrotar a magnitude do tempo na paciência, na espera em Deus que é atemporal, estabelecido na eternidade:
Amor que constrói, que refaz, que renova e que transforma. Amor-razão, amor-loucura, amor-sacrifício, amor-espera, amor-renúncia. Amor que ensina com o silêncio a esperança de cada dia, que insiste em ser ingênuo por ser humilde e “simplório”.
Amor que me abrasa, que me fascina por sua veemência; que me compraz nos tempos errantes. Amor dos poucos e restritos momentos. Amor dos instantes eternos. Amor leal à ordem regente dos acontecimentos.
Amor que nada quer para si e que torna todos um só; que faz emergir dos piores corações a bondade já esquecida; que me faz sempre mais humano na abundante graça de ser divino.
Amor irremediável, infindo, sem par. Amor que me apraz e que me convence em ser melhor; que me renova as forças e que me faz amar irrestritamente a Verdade e a vida na beleza do inconstante e do eterno.
Amor que conduz, que me inspira, que me transforma ousadamente nos sonhos de Deus; que me translada às maravilhas da imortalidade; que me destina ao privilégio dos santos, e principalmente ao colo da minha doce e amada Senhora, Maria Santíssima.
Depois de muito tempo sem aparecer por aqui, hoje vim para falar o quanto sinto saudades de tudo que já me pertenceu, ou que de certa forma estou distante.
Saudades de amigos como: Yasmine e sua família que sempre me acolhem tão bem, ela que por muitas vezes me ouviu falar por horas e horas do mesmo assunto, um verdadeiro desabafo. Ficar até as 4 horas da manhã nunca foi sacrificio para ficarmos juntos, porque o que importava era somente isso, ficarmos juntos, aqui inclui Anderson e Luciano, eu sempre discutindo com eles.
Kelly e Lindolfo sempre me dando tanto carinho, como foi bom encontrar vocês na porta da igreja, lugar onde nos conhecemos. Partilhar de apelidos carinhosos como: tomatão, chata, enjoadaaaaaa, tomate-mucho lógico que esse "mucho" só pode ser do Linfolfo que muitas vezes é chamado de "Fofo".
Meu Deus!!!! Eliane, Chicão e Clariça meus irmãos estamos selados no amor de Cristo, forma que ninguém destrói, estão em São Luis do Maranhão,vivendo novas experiências em busca de uma vida melhor. Saudades de ficarmos toda hora gritando: leiga para cá, leiga para lá pelos corredores da Fraternita Santa Madalena. Deus os abençoei.
Minha amada Obra, Fraternidade Missionária O Caminho, quanta falta me fazem! Saudades da vida Fraterna,do carinho das religiosas, das conversas jogadas fora, mas sempre com um fundo de seriedade.Sempre acolhedoras.
Leigos que me suportavam, longas reuniões, adoração ao Santíssimo, sorrisos sinceros, lágrimas muitas vezes de risos e outras de dor, mas unidos.Dos filhos prediletos, nossos flagelos encontrados lá, na rua em vidas que nem ao menos sabiamos ao certo quem eram, mas que nos ensinavam muito.
Como é bom sentir saudades de tudo isso. Saber que fiz e faço parte de uma família como essa. E de poder sempre contar com eles. Dessa forma quis voltar a escrever. Agora, escrever de mim, sobre mim e do que faz parte do MEU EU.
